O Hospital São Julião assinou na manhã desta quarta-feira (19) o Termo de Colaboração com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Por meio deste Termo de Cooperação, internos do sistema prisional confeccionam, de forma voluntária, enxovais hospitalares para as linhas de hotelaria e assistência ao paciente.  Já foram confeccionadas aproximadamente 600 peças de enxoval, entre lençóis e pijamas privativos.

O encontro reuniu o Presidente Executivo da Associação Beneficente de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos (ABARH), Carlos Augusto Melke, o Diretor-Presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, a Diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves e a Chefe da Divisão de Trabalho Prisional, Elaine Cristina Alencar.

O presidente do Hospital São Julião, Carlos Augusto Melke destacou a importância da parceria com a Agepen e agradeceu o apoio.

 “Graças ao apoio   inestimável da Agepen, conseguimos manter a qualidade e a eficiência dos serviços do Hospital São Julião. Agradecemos profundamente a parceria.”

Segundo o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, esta colaboração com o Hospital São Julião reforça o compromisso das duas instituições com a ressocialização.

“A parceria com o Hospital São Julião representa um marco importante de ressocialização. Através do trabalho dos nossos internos, oferecemos a eles a oportunidade de reintegração à sociedade, ao mesmo tempo, em que contribuímos com uma instituição de excelência. Estamos extremamente satisfeitos com essa colaboração.”

RESSOCIALIZAÇÃO

Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Mato Grosso do Sul está entre os estados brasileiros que possuem maiores índices de pessoas privadas de liberdade inseridas em atividades laborais.

Atualmente, o percentual é de 38, 7% dos custodiados trabalhando dentro e fora dos presídios locais, número que supera a média nacional, que é de quase 24%, fazendo do estado referência no quesito ressocialização de presos. Do total de 18.378 custodiados em unidades prisionais, 7.115 estão trabalhando.

R.P.V. está inserido nesta atividade laboral e está cumprindo pena há 18 anos. Ele é um dos responsáveis pela confecção dos enxovais e ajudar o Hospital São Julião é uma maneira da sociedade reconhecer e valorizar o trabalho que os internos desenvolvem durante a permanência na penitenciária. “Agradeço a oportunidade que eles estão nos dando. Isso traz reconhecimento do nosso trabalho em poder ajudar o próximo. Por meio da costura, eu posso sustentar a minha família. Após minha saída, eu quero pôr em prática a costura, atividade que aprendi aqui dentro”.

Para a Agepen, a ocupação laboral produtiva é uma estratégia que se destaca como essencial para a reintegração social, envolvendo parcerias com instituições públicas e privadas para que isso seja possível. Essas colaborações têm ampliado as oportunidades de trabalho, resultando em avanços concretos. Hoje, são 242 parcerias firmadas pela agência penitenciária para o trabalho prisional.

 Heloísa Fontes –Assessoria de Comunicação